2010-07-14

* NESTA PRAÇA CHEIA DE SOL

*


 
Welington Almeida Pinto

 
 
Ó, Camões!

Sentado no banco
desta praça que não é de Marília, que não é tua nem minha,
penso feliz na vida, penso nela. Penso na criatura que a
natureza caprichou no seu mais perfeito
equilíbrio.

 
Amor é fogo que arde sem se ver. É contentamento descontente. É ferida que dói e não se sente. É dor que desatina sem doer. Nem tanto, poeta. Ainda que o receio seja a entrega, fé cega Afrodite permite aos bardos que o amor seja infinito enquanto exista.


Ó, Camões!
Deus lá sabe, o quanto sonho... a ideia voa.


Dá-me lírios. Margaridas, jasmins e rosas; aroma de flores que o
bálsamo possa me consumir nas lembranças
nesta praça cheia de sol.


Há tempo não sinto dela o sorriso com que me amava!...


* FBN© - 2007 - Nesta Praça Cheia De Sol - Categoria: poesia. Autor: Welington Almeida Pinto - Ilust.: PhotoInternet - Link: http://versoslivres.blogspot.com.br/2010/07/nesta-praca-cheia-de-sol.html